Erva Daninha

Seu Pereira e Coletivo 401

Antes de finalizar, espero que você entenda
De uma vez por todas que não faz questão de entender
Só pra começar, espero que você também perceba
Que o mundo gira de algo maior que você

Saiba que seu corpo não me diz respeito
Mas respeito o seu corpo, então respeite também
O meu corpo-templo, meu
Se algumas regras do sistema não aceito
Então acendo um com ela e vou curtir um vinho
E velho bom vinho

E assim controlo a pressa alta
Vendo essas pessoas que se gritam, que se agridem
Se odeiam, se corroem
Correm atrás do vil metal escroto
Empilhando sonhos de concreto
Inventando algumas dores que não doem

Saiba que seu templo não me diz respeito
Mas respeito o templo, então respeite também
O meu templo-corpo, meu
Se algumas ordens do sistema eu desobedeço
Me deito na grama contemplando
Lindo céu azul anil

Vou plantar meus sonhos no quintal
De olho na erva daninha dos jardins da hipocrisia
No seio da família rica tradicional
Tem sempre um ou mais bandidos sorrindo na fotografia

Me diz, cidadão de bem: O que te faz ser melhor?
Quais preconceitos carregas, um preto conservador?
Me diz, cidadão de bem: Qual é o seu segredo mais podre?
De quantas filhas da pátria você foi abusador?

Me diz, cidadão de bem
Qual mentira preferida que propagas em nome de Deus?
Qual é o preço da sua alma?
Calma, cidadão de bem, por que tanto ódio nos olhos vermelhos?
Qual teu segredo mais podre?
Quantos demônios habitam no fundo do teu espelho?

Vou plantar meus sonhos no quintal
De olho na erva daninha dos jardins da hipocrisia
No seio da família rica tradicional
Tem sempre um ou mais bandidos sorrindo

Vou plantar meus sonhos no quintal
De olho na erva daninha dos jardins da hipocrisia
No seio da família rica tradicional
Tem sempre um ou mais bandidos sorrindo na fotografia


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