Na Gruta

Sangue de Barro

Lampião, tua honra tá marcada no couro desse nordeste
E o teu nome é respeitado no sertão, mata e agreste

Sem vírgula, virgulino falou:
Caixa de fósfro chama quinta feira
Acabô-se a brincadeira. o fogo vai riscá no céu
Pra livrá meu quengo eu tenho que dá meus pulo
O fogo rasga cada furo e a boca amarga feito fél

Eu tô aqui, eu dô meus pulo
E de cipó do gato pra cá
Também faço na caatinga
A macacada pulá

A macacada sartando de galho em galho
Se num sarta eu rasgo um táio, se vacila arranco os bago
Mosquetão, rifle cruzeta são eternos companheiro
No sertão mato por honra. essa é a vida do cangaceiro

E foi quando joão bezerra
Apontou na catinguêra
Que meu ódio foi tão grande
Que até me deu tontêra

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