Sepé Tiaraju
Tá no sangue, sou do Sul
Em sua lança a coragem pra lutar
Foi Deus tupã, com jaci e Guaraci
O escolhido, destemido da mata
Rufam tambores, na lua cheia, em rituais
Invocam pajés, xamãs, seus ancestrais
Fumaça subiu, cachimbo acendeu e ajuremou
Eis o destino do guerreiro protetor
Chorou por essas terras, Brasil
Chorou com essa gente tão ser vil
Na chama, do fogo que se alastrou
Em solo sagrado presságio de dor
Sete povos lutaram, unidos em uma missão
Quatro ventos sopraram, o grito de uma nação
Aê aê!
Aos guaranis o juramento, amor
A flecha mais certeira, a verdade
Contra a ambição covarde pela gana do invasor
Água que corre o rio
Cura, protege a semente
Caça, pesca e planta no coração dessa gente
Faz renascer na aldeia, seu legado ancestral
Imortal!
Voar, voar, feito um passarinho e acreditar
A esperança sobrevive ao abandono
Ekobé
Essa terra tem dono!
Awe awê awê awê ô, awê, awê awê ê ah!
A tribo dos rouxinóis
Cantando em uma só voz
Meu verde da floresta a guerrear