[Enredo: Memória das Águas - A Alma Gaúcha Que Emerge Entre Rios]
Alma do rio grande
Forjada no sangue
Ante a colonização
Sou a memória que vem das águas
Menino-pajé pela mata
Missioneiro cristão
Um afluente da corrente guarani
Na fonte mais doce, fiz minha raiz
Sete cidades, sete povos e a nascente
Que banhou meu portunhol semente!
Arco e flecha, meu paiol valente!
Vi os rios tintos de vermelho
Nossa dor às margens da razão
Aos farrapos honra de guerreiro
Exu lanceiro, choro e traição
Água que benzeu meu lume de luar
Também foi berço de histórias encantadas
Ca-yari, boiguaçu e Salamanca
Ao meu lado pelos pampas, magia deságua
A minha gente que veio da guerra
Que cuida dessa terra
Como quem cuida do coração
Da lama renascer
Do choro ressurgir
Jamais se esquecer
Que o sol sempre vem com um novo porvir
Eu sou do Sul
É só olhar e ver o céu azul
Imperadores, por você eu luto
E tenho orgulho de ser gaúcho