Sítio Paraíso

Rodrigo Zanc

A casa é velha, mas está bem conservada
O pé de jabuticaba “inda” faz sombra na janela
O velho pilão “tá” debaixo da mangueira
No pasto atrás da figueira, descansa o alazão

No fim do vale a montanha é guardiã
Protege a casa dos ventos, de tempestades malsãs
Um rio manso que não exige tarrafa
Chega no quintal e para, respira e volta a correr

“Tá” tudo ali do jeito que desenhei
Só falta eu na canoa, falta eu em pé na proa pescar a vida que eu quis
“Tá” tudo lá de porteira escancarada
Só não encontro a estrada que me permite chegar

O sol dourado enche os pássaros de cor,
De som e de serenatas, de pura canção do amor
Quando é de tarde o dourado vira prata,
A lua rompe da mata e paira sobre uma flor

Dentro do peito o meu sonho é aquarela,
Pincel que se desespera com a dura realidade
Mas não duvido se não estiver tingido
Com a cor dos olhos de todos que juntos sonham comigo

“Tá” tudo ali do jeito que desenhei
Só falta eu na canoa, falta eu em pé na proa pescar a vida que eu quis.
“Tá” tudo lá de porteira escancarada
Só não encontro a estrada que me permite chegar.
“Tá” tudo ali do jeito que desenhei
Só falta eu na canoa, falta eu em pé na proa pescar a vida que eu quis.
“Tá” tudo lá de porteira escancarada
Só falta eu lá na casa “apenasmente” feliz

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