Caminhando pela Terra quebrada
Assim como o coração
Entre as mãos trêmulas de frio
Tropeçando sobre os próprios pés
E sobre os medos que a incerteza carrega nos ombros também
Os olhos sangrentos da poeira de dias cinzas
Já não choram mais
Lágrimas vazias
Ah se pudesse ouvir o vento
Chamando o seu nome
Ah se pudesse sentir a chuva sussurando vida
Enquanto lava o teu rosto
Ah se pudesse ver o nascer do Sol
Queimando a escuridão em fogo
Luz e trovão
São meus olhos procurando pelos seus
O som do mar em tempestade é a voz que ecoa peito adentro
Para te mostrar que irreal é não sonhar
Estilhaços ao chão
É o som de se render ao rio que flui de dentro
E afogar a sequidão que era o Eu