O pé de planta que nasceu
Da planta de sua mão sou eu
O tronco forte que me deu
Aos trancos e barrancos, cresceu
Nem notei o quanto era belo
O elo que se sucedeu
Inquebrável como marmelo
Resistente em tudo que viveu
As folhas podres desenham o chão
Os galhos secos apontam o além
Trazem pra terra um tom de escuridão
No céu renasce uma flor Neném
O barro desse vaso se quebrou
Os cacos cobrem tudo que restou
Me sufoca estar no ar que respirou
Regando a dor de tudo que ficou
Nem notei o quanto era vida
Essa lida que se sucedeu
Inesquecível como margarida
Maravilhosa em tudo que viveu
As folhas, p chão
Os galhos, o além
A terra, a escuridão
A flor Neném