Numa Cruzada de Campo

Pepeu Gonçalves

Numa cruzada de campo, boto o pingo na estrada
Um sombrero de aba larga, me defendia do vento
No meu acompanhamento um fronteiriço também vai
Volta e meia um sapucay
Pra apurar o trote lento

Com a égua de a cabresto, cruzando cerca e banhado
O potrilho do meu lado, se assustava com o tormento
Ala maula mas que tempo, já não se via mais nada
Só a égua relinchava
Em sinfonia com o vento

Uma gateada rosilha, coiceira e sotretona
Mordedeira, redomona, flor de arisca e matreira
Mas ainda era faceira, crioula pura e lindaça
Fazendo alguma arruaça
Querendo chegar primeiro

Num Grito, êra cavalo
Puxa esta égua parceiro
Temos que voltar ligeiro
Pro patrão não complicar
Larga a égua na mangueira
Se quiser pode amarrar
Depois de botar em cria
Leva pro lado de lá

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