As Áfricas Que a Bahia Canta

Paulo Bispo

Estação Primeira de Mangueira e da Bahia
É som da quebrada, timbalada e olodum
Axé do ile aye, o toque do badauê, ouvi dizer
Que toda a cidade é de oxum

A africanidade da Bahia
A baianidade é da mãe terra
Oyá soprou os ventos de magia
Essencia, resistencia da favela
Luanda, salvador, na ginga do pelô
Meu povo vai descendo a ladeira
É oxalá e zambi, é ritual e sangue
Se é luta, lembra o morro de mangueira
Salve cucumbi, gente preta serpenteia
Nega bambeia com o roçar do xequere
Clama a rainha e o feitiço vai fazer
O seu fruto renascer

O seu fruto renascer

Identidade ressoa no couro do rum
Meu tambor vem de lá
E na folia de rua eu mostro quem sou
Pra me proteger, pra me rebelar

No engenho velho
Os terreiros e o talhar do iroko
Pelos guetos sentir mais um pouco
A magia que há no ijexá
Segue o cortejo sagrado da fé
Se faz ajeum, candomblé
Na dança dos ancestrais
Giram os orixás
Se a vida se apresenta como açoite
Eu que tenho a cor da noite
Me liberto em meu cantar
Claves de Sol, avenidas
Pérolas negras em lindo visual
No amanhecer do carnaval

Tracker

All lyrics are property and copyright of their owners. All lyrics provided for educational purposes only.