Humilde Cidadão
Paulinho Rezende
Tá ruim
Se pegar com a mão
De se pegar com o garfo, nem se fala
Só quem come carne todo dia é tubarão
Peixe miúdo vai tomando sopa rala
Peixe miúdo vai tomando sopa rala
Tá ruim
Se pegar com a mão
Haja inspiração
De se pegar, com o garfo, nem se fala
Só quem come carne todo dia é tubarão
Peixe miúdo vai tomando sopa rala
Peixe miúdo vai tomando sopa rala
Faz tempo que o bife foi extinto do cardápio do distinto e humilde cidadão
Agora pelo que eu já pressinto, vão apertar mais o cinto, até no arroz com feijão
O nosso pão de cada dia quem será que amassa e pesa é
O pobre aí só come quando reza
É, o pobre aí só come quando reza
Mas quem vive de brisa é cata-vento
E a coisa assim não fica nada bem
O jeito é ir comendo quando pode
Pois o fio do bigode já não vale no armazém
A gente tá com barriga oca, tá fazendo cruz na boca
Mais não vai dizer amém
A gente tá com barriga oca, tá fazendo cruz na boca
Só não vai dizer amém
Eu falei tá ruim
Tá ruim
De se pegar com a mão
De se pegar, com o garfo, nem se fala
Só quem come carne todo dia é tubarão
Peixe miúdo vai tomando sopa rala
Peixe miúdo vai tomando sopa rala
Faz tempo que o bife foi extinto do cardápio do distinto e humilde cidadão
Agora pelo que eu já pressinto, vão apertar mais o cinto, até no arroz com feijão
O nosso pão de cada dia quem será que amassa e pesa é
O pobre aí só come quando reza
É o pobre aí só come quando reza
Mas quem vive de brisa é cata-vento
E a coisa assim não fica nada bem
O jeito é ir comendo quando pode
Pois o fio do bigode já não vale no armazém
A gente tá com barriga oca, tá fazendo cruz na boca
Mas não vai dizer amém
A gente tá com barriga oca, tá fazendo cruz na boca
Só não vai dizer amém
Tá ruim
De se pegar com a mão
De se pegar, com o garfo, nem se fala
Já quem come carne todo dia é tubarão
Peixe miúdo vai tomando sopa rala
Peixe miúdo vai tomando sopa rala
Tá ruim
Se liga, mané