Quando O Território Se Perde (Reflexão Sobre Angina (Coração))

Nubinelma Fernandes

Era meu lugar, meu porto, meu chão
Um abrigo seguro, território e razão
Mas num piscar de olhos, o que era se foi
A ruptura chegou, e a dor se impôs

Quem eu era naquele espaço que eu chamei de meu
Perdi a casa, o posto, o que o destino me deu
O coração apertado tenta resistir
Mas nas artérias o peso começa a ferir

Quando o território se perde, quem sou eu?
Quando o chão se desfaz, pra onde vou?
O coração grita forte, tentando aguentar
Mas é no vazio que eu começo a encontrar

Reconstruo as ruínas, refaço meu lar
Mesmo na dor, escolho recomeçar
Pois o amor por mim mesmo é o que me faz seguir
Encontrar um novo solo onde eu possa existir

O jovem perdeu a paz na casa que sonhou
As brigas ao redor, tudo desmoronou
O medo de perder o que nunca quis partir
Estampado no peito, sem deixar fugir

O homem que viu sua posição escapar
O trabalho, o prestígio, o que devia pulsar
Agora sente o peito como se fechasse
E a vida pede que a força retornasse

Quando o território se perde, quem sou eu?
Quando o chão se desfaz, pra onde vou?
O coração grita forte, tentando aguentar
Mas é no vazio que eu começo a encontrar

Reconstruo as ruínas, refaço meu lar
Mesmo na dor, escolho recomeçar
Pois o amor por mim mesmo é o que me faz seguir
Encontrar um novo solo onde eu possa existir

O território não é apenas um lugar
É onde minha alma escolhe repousar
Mesmo sem fronteira, sem marca ou razão
O que construo dentro de mim é a solução

A dor ensina, a perda é condição
De abrir caminhos no centro da missão
Onde a vida me joga, eu posso renascer
O coração encontra um novo jeito de bater


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