Era só um cheiro no ar, um toque de calor
Mas meu corpo guardou o que a mente apagou
Uma lágrima, um grito no silêncio ficou
No eco dos dias, a dor nunca cessou
Perfumes da vida se tornam prisão
Pesam na pele como assombração
O que foi vivido sem nunca curar
Se agarra na alma, insiste em voltar
Memórias na pele, marcas que o tempo não levou
Cicatrizes que gritam o que o peito calou
Mas você pode soltar o que não faz bem
Libera o passado, deixa o presente ir além
Memórias podem arder, mas podem curar
Respire tão fundo, deixe seu ar dançar
Sou eu quem transforma, sou o que te faz viver
Mas me dá leveza, pra eu não te adoecer
Era o leite quente e o cheiro no jantar
Rompendo as teias que me fazem sangrar
Ou o Sol que brilhava no campo a correr
Mas guardou o perigo que me fez temer
Eu sou um portal entre o ontem e o amanhã
O que você sente, minha casa se tornará
Cuidado ao deixar mágoas me preencher
Você me dá memórias, mas quem sente sou eu e você
Memórias na pele, marcas que o tempo não levou
Cicatrizes que gritam o que o peito calou
Mas você pode soltar o que não faz bem
Libera o passado, deixa o presente ir além
Memórias podem arder, mas podem curar
Respire tão fundo, deixe seu ar dançar
Sou eu quem transforma, sou o que te faz viver
Mas me dá leveza, pra eu não te adoecer
A vida não é só carregar o peso
No vento do perdão, renasço em segredo
Se deixa o passado na curva da estrada
Eu cresço contigo, faço de novo o nada
Quando o cheiro for bom, leve no coração
Deixe o peso descer no chão da razão
Transformo as memórias, o que era dor se desfaz
No samba da alma, encontro a minha paz
Memórias na pele, agora se vão
Cicatrizes que dançam numa nova canção
Você me libertou, soltou o que era seu
E agora sou leve, pra você sou céu
Memórias que ardiam agora são luz
Brilham no corpo como rio que conduz
Respire tão fundo, deixe a vida correr
Sou o que te faz livre, sou parte de você