Memórias do Amor (Reflexões Sobre o Alzheimer)

Nubinelma Fernandes

Sinto a brisa tocar, mas não sei onde estou
O tempo se perdeu no vento que passou
Busco rostos conhecidos, sombras do que já vivi
Mas minha mente flutua, tentando se existir

Carrego no peito uma saudade sem fim
Como se parte do meu mundo fica longe de mim
O coração se lembra do que o tempo apagou
Mesmo na confusão, o amor nunca acabou

Na memória do amor, mora o que sou
Mesmo quando as palavras o silêncio levaram
Segure minha mão, me olhe devagar
O amor não se esquece, sempre vai brilhar

Ainda que eu me perca na noite ou na razão
É teu carinho que aquece meu coração
Na memória do amor, sei que vou encontrar
O laço que nos um nunca vai se apagar

Houve um tempo que andei com passos firmes
Hoje são só lacunas do que não lembro mais
A mente escondendo o que me roubou a paz
E esse silêncio, me torna incapaz de lembrar

De dias em que tudo era claro
Hoje vivo de fragmentos raros
Até sem saber quem sou
Mesmo assim o amor em mim não apagou

Não julgue minha ausência, eu não escolhi a partir
Dentro de mim, a essência ainda tenta expandir
Canta pra mim as canções que me fizeram sorrir
Pois no som do teu afeto eu posso existir

Na memória do amor, mora o que sou
Mesmo quando as palavras o silêncio levaram
Segure minha mão, me olhe devagar
O amor não se esquece, sempre vai brilhar

Ainda que eu me perca na noite ou na razão
É teu carinho que aquece meu coração
Na memória do amor, sei que vou encontrar
O laço que nos um nunca vai se apagar

Se tudo for esquecido, menos a luz que há em ti
Ainda estarei contigo, no amor que vivi
Pois as marcas de afeto o tempo não vai levar
Na memória do amor, sempre vou estar


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