O que estou carregando?
É meu ou me foi imposto?
Por que sinto que o peso aumenta
E minha leveza se esgota aos poucos?
Trago nas costas algo que não vejo
Mas sigo caminhando, sem descanso ou desejo
Será que tudo isso me pertence?
Ou será que aceitei pesos de outras vidas e influências?
Respiro por um momento
Sinto o peso, reconheço o lamento
Mas não sou parte desse fardo
Eu posso soltá-lo, posso deixá-lo
Ser leve como o vento
Deixar ir o sofrimento
Soltar o que não é meu
E ser o que minha alma escolheu
Quantas vezes me cobrei demais
Achando que o mundo dependia desse cais?
O peso no corpo, nas costas, no chão
É reflexo do medo e da pressão
A culpa me prende, o controle me consome
Mas aos poucos percebo que há outro nome
Chama-se liberdade, chama-se confiança
Deixo o fardo e abraço a esperança
Eu não vim ao mundo pra carregar o impossÃvel
A vida me pede que eu seja sensÃvel
No momento em que solto, encontro minha paz
Leve como o vento, o meu ser se refaz
Ser leve como o vento
Deixar ir o sofrimento
Soltar o que não é meu
E ser o que minha alma escolheu
Sinto as costas livres, posso me endireitar
Não sou mais o peso que insistia em me curvar
Com leveza, respiro o que sou
E vejo que a força nunca me abandonou