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O Tal da Barata

Noel Rosa

Lá no meu bairro eu sou o tal da barata
Sou o tal das garotas e desacato
E ninguém pode me fazer concorrência
Porque a cadência que eu tenho, é outra
E as morenas de lá, me apelidaram
Garoto gostoso de açúcar na boca

O meu açúcar é um açúcar refinado
Em toda praça, ele é muito cotado
O mulherio vai um bocado por mim
Que culpa tenho eu de ser gostoso assim?

E quando eu boto o meu Cupê lá na Avenida
A rua toda fica muito florida
Parece que tem mel pelas calçadas
E que ao invés de abelhas
São mulheres extasiadas
Meu Deus do céu, que marmelada!