Saudade de Belém

Noca da Portela

De vez em quando soluça o meu peito,
Relembrando os tempos idos na minha belém.
Uma gaiola sai do ver-o-peso,
Vai até marajó para trazer meu bem.

Bandeira branca vende abacaba,
Se a bandeira é encarnada, lá tem açaí.
Gato escaldado a chuva não molha,
Só depois das quatro horas é que eu vou sair.

Mulher bonita nasce a todo instante,
Um bom clima nos garante frutas naturais.
De fato novo, todo engomado,
Vou curtir o requintado theatro da paz.

Mamãe reza por nós com muita fé,
No mês de outubro acompanha
O círio de nazaré.

Depois de saborear um pirarucu,
Papai, que é remo doente,
Me leva pra ver o meu paysandu.

Outeiro e chapéu virado:
Paisagens que lembro com grande emoção,
Lembranças da terra querida
Que trago guardadas no meu coração.

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