A Fabulosa Aventura Pela Face

Mundo Aflora

A boca serve pra comer
A boca serve pra comer
Ela guarda o paladar
É onde tá o paladar, é lá que tá

Ela dá o paladar
É onde tá o paladar

Mas por ela também entra o vento
Por ela também sai o vento
Ela é passagem de ar
É um caminho pro ar por ali sair e entrar

E se a gente não fica rouca
E se a gente não fica rouca
A boca é o lar do falar
É a boca que faz a voz se amplificar

Ela é o lar do falar
E é trampolim do cantar

O olho é de onde se vê
De onde eu vejo você
Eu viajo pelo olhar
Eu voo livre pelo olhar sem sair do lugar

E o olho também é um livro
O olho é um livro vivo
Pra quem quiser estudar
Ele fica codificado até você desvendar

Mas também pode ser oceano
Ele pode ser oceano
Se o coração quer chorar
Fonte de água salgada feito água do mar

Se o coração quer chorar
Fonte de água do mar

O ouvido é o umbigo do prazer
É como um umbigo do prazer
Pois ele acende o dançar
Assim que aquela canção começar a tocar

Lá dentro tem um labirinto
Dentro tem um labirinto
Que ajuda a se encontrar
O embrião do equilíbrio pra nossa canoa não virar

É um buraco de fechadura
Um pontinho escuro com moldura
Pro brinco se pendurar
E pra agulha da cura da acupuntura furar

Pro brinco se pendurar
Pra acupuntura curar

Quem é que chega sempre primeiro?
Oh nariz, soberano pioneiro!
Vanguarda pronta pra avançar
Ele está sempre na frente até se a gente parar

O faro às vezes é visão
Claro como no caso do cão!
Então o nariz guiará
Pelos roteiros dos cheiros escondidos no ar

É a sala de recepção
Pra salto da respiração
Portas abertas pra entrar
Mas se detecta um intruso vem logo o espirro expulsar

Bem-vindo, pode entrar
Atchim! - se não tiver o crachá

O ouvido acende o dançar
Eu viajo pelo olhar
A boca é o lar do falar
Bem-vindo, pode entrar

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