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Vaqueiro Raiz

Moizés Chianca

Não quero mordomia, gosto mesmo é do roçado
Prefiro o cantar do galo, pra puder me levantar
Uma cerveja gelada e um cavalo ligeiro
Uma vaquejada boa, que pra nós ir disputar

Sou um vaqueiro raiz, sou um vaqueiro raiz
Não preciso de frescura, pois já sou muito feliz

Minha mãos num tem espaço, pra uma vidente ler
Os calo da minha mão, nunca param de doer
Minha enxada é pesada, não é vida pra você
O sertão é muito duro, mas é onde amo viver