Triste Despedida

Moacir Laurentino e Sebastião da silva

Lembro minha terra onde fui criado
Meu berço adorado não posso esquecer
E hoje me acho dele muito ausente
Mas meu peito sente um eterno sofrer

Já chegou a hora da minha partida
Minha despedida eu pretendo dar
Adeus meus amigos, meus pais e parentes
Nos anos tangentes eu torno a voltar

Deixei minha terra sem necessidade
Só por ter vontade do mundo conhecer
Fui dá um passeio no vasto composto
Já saí desposto gozar e sofrer

Apertei a mão do meu primeiro amor
Senti uma dor em ver ela chorar
Deixei de consolo pra ela um lencinho
Que eu já tenho o pinho pra me consolar

A casa de alpendre as belas cortinas
Aquelas meninas a quem tanto amei
Foi passando o tempo e mudando os planos
Meus 18 anos também lá deixei

Que hora tristonha meu Deus de clemência
Lembrando a ausência do meu natural
Quem é que não sente saudade bastante
Vivendo distante do torrão Natal

Lembro a casa grande que foi minha escola
Aonde a viola primeira afanei
E com estes anos que passei ausente
Tudo diferente agora encontrei

O açude velho de água limpa e doce
Também acabou-se foi na correnteza
E o paredão que as águas prendia
Está sendo hoje em dia um vulcão de tristeza

Aquela casinha à beira da estrada
Foi minha morada, meu berço, e meu lar
Aqueles quintais de flores cheirosas
Que dias de rosas, nem posso lembrar

Ali fui criado com risos e carinhos
No mesmo cantinho papai faleceu
Em lugar de rosas, tem uma cruz somente
Sinal tristemente de quem já morreu

Meu padrinho amigo, Deus o convidou
E ele viajou num balão de sono
E aquela casa de riso e beleza
Hoje mora tristeza em lugar do seu dono
E aquela casa de riso e beleza
Hoje mora tristeza em lugar do seu dono

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