Crime de Amor

Miramar e Miraí

Desde os lindos tempos que eram estudantes
Osvaldo e Clarice se amavam demais
Igual duas aves que não conheciam
Da vida enganosa seus golpes fatais

Um dia Osvaldo formou-se pra médico
E ela formou-se um ano depois
Casaram e foram em longa viagem
Em Lua de mel bem felizes os dois

Clarice na viagem ao marido pediu
Se um dia uma dor a fizesse sofrer
Melhor que a matasse pois desejaria
Mil vezes a morte do que padecer

Passaram-se os anos e um dia Clarice
Doença incurável pegou pra morrer
Osvaldo lembrou o pedido da esposa
Que nunca no mundo a deixasse sofrer

Uma injeção de terrível veneno
No braço da esposa aplicou a chorar
Enquanto injetava o veneno dizia
Agora meu bem você vai descansar

Olhando no rosto da esposa foi vendo
Seus olhos parando e cobrir-se de um véu
Qual duas estrelas perdendo seu brilho
Sumindo-se aos poucos nas nuvens do céu

Ele enlouqueceu vendo o corpo gelando
Daquela que amava com tanto fervor
Matou pra atender o pedido da esposa
Tirando-lhe a vida pra livrar da dor

Assim encontraram Clarice sem vida
Osvaldo beijando seus lábios sem cor
Chorando sorrindo e gritando que viessem
Ver quanto foi lindo seu crime de amor

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