Meus versos cantam a pampa
Histórias de gente e chão
Batidas de casco e guampa
Acordes soltos no violão
Os versos cantam o passado
De tauras na paz e na guerra
E o colono que segue o arado
Plantando os calos na terra
Os versos dispersos
De um frágil momento
Trazem seu reverso
O encanto do firmamento
Os rascunhos de um poeta
São tropéis em noites largas
Correr das sangas quietas
Tinidos de esporas e adagas
Forte como canto da cigarra
Trago meus versos nos tentos
Como um pealo de cucharra
É uma lufada dos ventos