Redomão

Milton Sica

Envidei no meu destino
Num medonho marca passo
Fiz descaso do alheio
Andando num só compasso

Alma e corpo são bagagens
Que levo no caminhar
Sentindo o cheiro do campo
Tendo o céu pra me abrigar

Eta cavalo crinudo
Difícil de se domar
O destino é caborteiro
Não se pode pealar

Na cavalgada da vida
Vou selando a minha sorte
Confiando no meu braço
Enfrentando a própria morte

Não me abate o vento norte
Nem me assusto facilmente
Conheço carta marcada
E o bote da serpente

Consolei muita chinoca
Em bailanta rotineira
Nunca perdi o aprumo
Pruma prenda cabresteira

Nas águas da minha vida
Não nado contra a corrente
Nunca andei fora de margem
Isto basta pra ser gente

Sou o rio que segue o curso
Vence quedas e barreiras
Se tornando forte e grande
No mar velho sem fronteiras

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