Milonga Para o Clarão da Lua

Milton Sica

Na minha mente esta milonga reluz
Notas mágicas de um clarão da Lua
Dos meus dedos que a guitarra conduz
Polvadeira de sonhos na noite escura

As mãos suplicam num oratório
Para seguir nesta longa invernada
No limiar das sombras no território
E chumbo diante da estrada

O fio que fere e corta
A razão incerta e crua
Um violão que se transborda
Diante da imagem da Lua

Recrio rimas nos acordes sinceros
No crepúsculo reacendo o braseiro
E no silêncio da fagulha eu reverbero
Solitárias notas num cativeiro

Acompanho ao longe o Sol-poente
Pra seguir adiante em louvação
Vejo reflexo dos versos nas vertentes
E dedilho quimeras no violão

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