Milonga de um vento Pampeiro
Nas noites de campo charrua
E o taura se aquece no braseiro
No errante facho de Lua
Milonga de erva-mate
Num solitário chimarrão
Recuerdos da China no catre
Lenço vermelho de revolução
Um mate longo de saudade
A estrada da vida em cada gole
A gaita traz flores do campo
E léguas de sonho no fole
Milonga de um velho Taura
Nas horas em redomona
Dedilha os seus mistérios
No teclado da cordeona
Foi-se a milonga campo a fora
Como um bagual sem querência
O velho taura rememora
A aurora da sua existência