Nos campos floridos de branco
O gado as coxilhas cobria
A paz se tornava esperança
E a lança esquecida dormia
Tupi-guarani, sua raça
Vermelho templado sua cor
Sepé tiaraju seu nome
No peito mil sonhos em flor
Lavrar as entranhas da terra
E ver o seu povo crescer
Partir o pão com o irmão
Olhando o rebanho a pastar
Sentir o soprar do minuano
Buscando uma fresta pra entrar
São sonhos do índio pampeano
Os quais haverá de campear
Aos sonhos dos filhos da terra
A sede insaciável matou
E a lança que outrora dormia
Contra o canhão levantou
E o campo vermelho ficou
E o vento solito assobiou
Sepé tiaraju, sepé tiaraju
E foram lusos e hispanos que sem piedade e consciência
Tingiram tanta inocência com sangue puro haragano
Mas a fibra do pampeano que foi cacique e foi guapo
Há de ficar como um marco para peleguear o minuano