Quebranto

Maysa

Vindo agora de uma lenda que se apaga,
Traz o corpo violentado
Por um deus que não afaga.

Por um mundo de entrega
Vai rompendo toda a trégua:
Já singrou a dor...

Foi perdendo o seu remo de boêmio.
Sua senda, antiga prenda
Sem cantigas foi morrendo.

Sua voz findou no espaço,
Onde o canto é utopia.
Sob um sol se fez tão gasto:
Já desencantou...

Companheiro, luta pelo amor sem mito;
Nada mais detém teu grito
Contra a redenção.

Canta forte por um mundo sem espanto
Lança livre o teu quebranto
Contra a solidão...

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