Depois da Festa - Álvaro Teixeira de Macedo (Espírito)

Maurício Gringo

Não te entregues na Terra à vil mentira
Desfaze a teia da filáucia humana
Que a morte, em breve, humilha e desengana
A demência da carne que delira

O gozo desfalece à própria gana
Toda vaidade ao báratro se atira
Sob a ilusão mendaz chameja a pira
Da verdade, celeste, soberana

Finda a festa de baldo riso infando
A alma transpõe o túmulo chorando
Qual folha solta ao furacão violento

E quem da luz não fez templo e guarida
Desce gemendo, de alma consumida
Ao turbilhão de cinza e esquecimento

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