Durok

Marlice Assmann

Como um herói disfarçado
Chegou magro, sujo, faminto e abandonado
Na madrugada, em frente à porta
Ficava ali e me olhava encantado
Ruivo, charmoso e dengoso
Sabia como ninguém o que lhe faltava

Passou a surgir na noite, em busca de água, alimento e afeto
Era livre e apostava na sorte
Pra encontrar um norte e quem sabe um teto
Ficava por alguns instantes
Nutria corpo e alma e seguia o trajeto

Ah mas, ele era livre, gostava da noite
Da farra e do andar sorrateiro
Ah amava os telhados
A busca pelas princesas, aprisionadas nos celeiros
Imitava o seu sósia de botas
Não tão famoso, mas com o mesmo andar garboso

É certo que em outras eras viveu no Egito
Onde além de sagrado era doutor
Porque sempre que o peito apertava em conflito
Me hipnotizava com olhos de amor
Com doçura me cuidava e com sua pata encantada
Removia toda a dor

Miau, miau, miau
Charmoso, dengoso e malandro
Seu olhar as vezes felino, outras vezes humano
Durok meu bichano, me ensinou a amar e a libertar
Para que outros em seu lugar

Eu pudesse acalentar
Eu pudesse acalentar
Eu pudesse acalentar

Ah mas, ele era livre
Gostava da noite, da farra e do andar sorrateiro
Ah amava os telhados
A busca pelas princesas, aprisionadas nos celeiros
Imitava o seu sósia de botas
Não tão famoso, mas com o mesmo andar garboso

É certo que em outras eras viveu no Egito
Onde além de sagrado era doutor
Porque sempre que o peito apertava em conflito
Me hipnotizava com olhos de amor
Com doçura me cuidava e com sua pata encantada
Removia toda a dor

Miau, miau, miau
Charmoso, dengoso e malandro
Seu olhar as vezes felino, outras vezes humano
Durok, meu bichano me ensinou a amar e a libertar
Para que outros, em seu lugar

Eu pudesse acalentar
Eu pudesse acalentar
Eu pudesse acalentar

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