Absorvam-me, famintas raízes
Sugarei o sangue das tuas varizes
Que arda em mim tua dor
Se te estorvam teus nervos
Te faço declarar, benditos os mesmos
Você me entorpece
Me digere com teus olhos
Ébrios meus instintos
E abstratos nossos corpos
Você me entorpece
Eu te mastigo como almoço
Sou eu a parasita que abita o seu corpo
Tênia
Tênia, tênia
Tênia
Tênia, tênia
Anedotista é meu braço esquerdo
Mas você não teve medo
Das marcas das mordidas dela
Minhas lágrimas às vezes viram sangue
Mas você limpa, você beija
E se escorre você lambe
Minha alegria às vezes é loucura
Mas você adora e usa
Você ama, mas se mata você cura
Tênia, tênia
Tênia, tênia
Tênia, tênia
Tênia, tênia
Tênia, tênia
Tênia, tênia
Tênia, tênia