Meu menino diz que vê e ouve demais
Meu menino na agonia encontra paz
Meu menino é filho de Exu
Meu menino me desmonta ao som do blues
Do blues
Eu te sinto circular no meu chakra sacral
Ficou claro que esse menino é do mal
Do mal
E o que a gente faz é poesia
Eu me emaranho na tua alma, cantando Disritmia
Ah, esse teu gosto embriaga
Eu tropeço meu caminho de volta da sua casa
As suas unhas e os seus dentes
Quando eles cravaram na minha pele
Te cravaram na minha mente
Calêndula, mel, rosas amarelas
Ele me enfeitiçou sem acender nenhuma vela
Pro meu menino (pro meu menino)
Cito Leminski e Drummond
Não pode ser normal
O quanto você sabe o que é bom
Ei, menino
Cola esse teu olho no meu
Acho que eu ouvi pensamentos que eram seus
Não tem como ser ateu
Você e eu, nós somos Deus