Não Sei Meu Amor, Não Sei

Mário Lundum

Não sei meu amor, não sei
Se os poemas que cantei
Algum dia foram escritos
Ao cantar cada palavra
Parecia que a inventava
Na tragédia dos meus gritos

Cantei poetas ausentes
Cantei os versos das gentes
Dos bairros com tradição
Desde alfama à madragoa
A minha voz foi Lisboa
À procura de um pregão

As palavras dos poetas
Feitas de emoções secretas
Têm que ser reveladas
E só mesmo quem as sofre
É que pode abrir o cofre
Onde elas foram guardadas

Por isso é que eu te repito
Que gostava de as ter escrito
Mas sabendo que as cantei
A minha alma inquieta
Também se sente poeta
Não sei, meu amor, não sei!

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