Eu tinha andado pelos vales do norte
Rompido as cortinas do acaso, da sorte
Ouvido as cantigas da estrada
Enquanto o tempo encurtava
Minha volta pra casa
Vinha como se não quisesse chegar
Deslumbrado diante do azul do mar
Em cada instante meu
Uma história que fala de um outro lugar
Um sorriso que fez tanta gente sonhar
E que não se perdeu
Quando ainda era matinada
Era sol, o som da passarada no alvorecer
Quando eu tinha o pó da estrada
E uma vista pra o longe, para o nada
E todo o meu viver
Um dia, porém
Não mais eu voltei, por vez eu cruzei
As fronteiras do além, tudo se perdeu
Meus pés calejados de vindas e partidas
O descanso em meus olho, no repouso da vida