Mágoa de Carreiro

Mariano e Cobrinha

Meu carro não canta mais
Meu carro emudeceu
A boiada companheira
Toda meu patrão vendeu

Não posso mais carrear
Por morde do caminhão
Sôdade daquele tempo
Das estradas do sertão

Me alembro da sua cantiga
No morro mais perigoso
Puxando o meu boi Valente
Pintado, Rosilho, Barroso

O seu canto tão sereno
Se tinha Sol não chovia
Que sôdade companheira
Das tristeza e da alegria

O progresso me arruinou
Minha vida de carreiro
Meu carro tá se estragando
Sem abrigo no terreiro

Por demais meu coração padece
No romper da madrugada
Me alembro dos campo amigo
Do estradão e da boiada

Me alembro da sua cantiga
No morro mais perigoso
Puxando o meu boi Valente
Pintado, Rosilho, Barroso

O seu canto tão sereno
Se tinha Sol ou chovia
Que sôdade companheira
Das tristeza e da alegria

Meu carro não canta mais

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