22º Andar

Maria Luiza Jobim

Toda vez que eu pego aquele táxi amarelo
As luzes correm soltas feito sentinelas
Na cidade que não sabe mais parar
Uma nave risca o céu a transformar
E mesmo o meu avô sendo piloto
Eu olho pro céu e imagino o sufoco

E eu volto ao vigésimo segundo andar
Onde quase tudo parecia me esperar
Tempo aqui é coisa farta e tem à beça
Faço hora mas ninguém aqui me apressa

Com bilhetes sigo as quatro estações
Já comprei o peixe e o vinho pro jantar
Não demora vê se pega o trem certo
Contar mentiras nesse cais e céu aberto

E eu volto ao vigésimo segundo andar
Onde quase tudo parecia me esperar
Tempo aqui é coisa farta e tem à beça
Faço hora mas ninguém aqui me apressa
E mesmo o meu avô sendo piloto
Eu olho pro céu e imagino o sufoco

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