Samba do Porteiro

Magali

Eu, o porteiro do edifício
Sempre no serviço
E ela só no social
Ai, ai, ai, ai, ai o amor é o proibido
Ela entra e eu fico separando o jornal
E levo ‘a ela flores que entorpecem
De um alguém que não te esquece
Este anônimo amor

Mas ela pura, simples e donzela
Se ofende com a ousadia
Do covarde sonhador
E joga as rosas
As rosas na lixeira
E eu passo a noite inteira

Com pétalas de flor
Quando amanhece
Vou ver o que acontece
É o jornal que não se esquece
De zombar do meu amor

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