Pranto

José Manuel Barreto

Meu amor, nada me acalma
Nada me faz acalmar
É tão grande a voz da alma
Que aos olhos teima em mostrar
Meu amor, nada me acalma
A vontade de chorar

Mas se ao homem, no entanto
É proibido sonhar
Que fazer então do pranto
Que os olhos teima em molhar

Meu amor, longa a tormenta
Para quem padece de amor
Mas se a vida se acinzenta
P’ra quem lhe sabe o sabor
Meu amor, longa a tormenta
P’ra quem perde um grande amor

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