Satélites de Plutão (feat. Sarah Pires)

Gustavo Nassar

Eu vivo em Nyx
Durmo com Cérbero
Pequeno príncipe
Estige é belo

Chasma da serenidade
Um lugar pra eu chamar de lar
Me abrigar no riso da eternidade
Conjurar os confins do sistema solar

Quando fui levado a ver o mar
Concluí que a morte foi o primeiro barqueiro
Empunham tantos berços a velejar
Renuncio em Caronte meu último paradeiro

É tão garboso viver de pedra e gelo!
Roer como um osso o fundo desse fosso!
(O fundo desse fosso!)
Tão garboso! Viver de pedra e gelo!

Quem disse que preciso de sua atmosfera?
Quem disse que decido morrer em assembleia?
Honrado desertor do planeta Terra!

Eu vivo em Nyx
Durmo com Cérbero
Pequeno príncipe
Estige é belo

Chasma da serenidade
Um lugar pra eu chamar de lar
Me abrigar no riso da eternidade
Conjurar os confins do sistema solar

Quando fui levado a ver um bar

Descobri que as taças são fendas nas pedras!
São cavidades
Gargalos à minha espera
Sereias etílicas, ventres gelados da enologia!
Cantam tão púdicas
Plutão se rende à maresia
Só não sei se são tão mortais
Já não sei se são sexuais
Serão alunas tão carnais versadas em ciências sensuais?
A sereia pescou o pescador
A sirena jogou o jogador
Astronomia da embriaguez
Luas de vinho e de amor!

Chasma da serenidade
Um lugar pra eu chamar de lar
Me abrigar no riso da eternidade
Conjurar os confins do sistema solar

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