Volta e Meia

Grupo Compassito

Pela estrada, algum silêncio
Volta e meia, ganha idioma
E essa voz por temporona
Vai compôr a tarde em fim
São rastros, tocando a terra
Ou qualquer tropa que berra
Minguando o caminho assim

Volta e meia, na ramada
De algum ranchito deste mundo
Alguém suspira profundo
Com o olhar sobre o rincão
Gasta o fumo e gasta a hora
Pois não sabe ir campo à fora
Sem levar a solidão
Gasta o fumo e gasta a hora
Pois não sabe ir campo à fora
Sem levar a solidão

Os mansos presos na soga
Vez em quando estão atentos
A qualquer sopro de vento
Que vá rindo no potreiro
Não é cisma nem assombro
Quem jamais inchou o lombo
Volta e meia andar matreiro
Não é cisma nem assombro
Quem jamais inchou o lombo
Volta e meia andar matreiro

Volta e meia algum Crioulo
Da Querência mais Florida
Cura as dores de outras lidas
Encilhando num relance
E no más, mesmo negando
Vai pra o povoado assobiando
Versitos do seu romance
E no más, mesmo negando
Vai pro povoado assobiando
Versitos do seu romance

As porteiras do Rincão
Se fecham ao corredor
É vazio o parador
Já se encontra
E sem rodeio
Volta e meia o sol que arde
Judia e mostra que é tarde
Ver o rastro de onde veio
Volta e meia o sol que arde
Judia e mostra que é tarde
Ver o rastro de onde veio

Volta e meia nos galpões
As cordeonas encontram os braços
Vão extraviando pedaços
Dos silêncios interiores
É quase um canto antigo
Que renasce e ganha abrigo
Na alma dos tocadores
É quase um canto antigo
Que renasce e ganha abrigo
Na alma dos tocadores

Volta e meia algum Crioulo
Da Querência mais Florida
Cura as dores de outras lidas
Encilhando num relance
E no más, mesmo negando
Vai pra o povoado assobiando
Versitos do seu romance
E no más, mesmo negando
Vai pro povoado assobiando
Versitos do seu romance
E no más, mesmo negando
Vai pro povoado assobiando
Versitos do seu romance

Tracker

All lyrics are property and copyright of their owners. All lyrics provided for educational purposes only.