O gatilho que mata, a funcional que destrói
Varrendo a periferia, aliviando pro Boy
Se não molhar a mão e colocar uma peça na fita
Vai puxar uma pá de anos no Nelson Hungria
O assassino espalha o ódio e a dor
O esculacho no cidadão, no trabalhador
Não quer saber se é CLT, ou se vende drogas
Te fuzilam primeiro, e depois implantam a prova
Poder, absoluto!
Sem punição vai colecionando luto
Sistema, corrupção!
A maioria tá com sangue pelas mãos
Crueldade, e ambição!
Injustiça, impunidade e enganação
Esculacho, inibição!
Seu direito espera dentro do caixão
O muleque de camisão, andando pela quebrada
Tem sua dignidade e liberdade serciada
Se for periferia sempre julgam a aparência
Se for no condomínio, passa pano com frequência
Na blitz, a educação e guardada pro doutor
Desliga essa porra, se for um trabalhador
A indignação vai tomando a quebrada
O chefe de estado tá cagando pra gentalha