Por Baixo dos Panos

Gaúcho da Fronteira

Quando chego com cosca na goela
Nas munhecas e nos dedos de novo
As tristezas eu deixo de lado
E amanheço cantando pro povo

Trago na alma o verão de cigarras
E algazarras no meu coração
Destramelo meu peito cantando
Sacudido de gaita e violão

E tem mais, eu sou macho insistente
Na conquista da fêmea que escolho
E de tanto piscar pras gurias
Criei calo no canto do olho

Os meus dedos ficaram miúdos
Meio gastos de corda e teclado
De cantar tô ficando papudo
Como sapo cantor de banhado

E nas noites geladas de inverno
Eu me aqueço do vento minuano
Fiz um poncho com dois colarinho
Pro namoro debaixo dos panos

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