Fazendeiro Barbosa

Garcia e Zé Matão

O fazendeiro Barbosa
Religião não conhecia
Na região de Limoeiro
Sua fama se expandia
A sua grande fortuna
Pouco a pouco ele perdia
Jogava em brigas de galo
Em corridas de cavalo
Os milhões que possuía

Vendeu até a fazenda
Pra garantir a despesa
A sua sorte madrasta
Só lhe deu muita tristeza
Numa miséria profunda
Viu findar sua grandeza
Deste jeito eu me acabo
Entrego a alma pro diabo
Se eu sair desta pobreza

Num lindo cavalo preto
Um homem apareceu
Terás tudo que quiseres
Cumprindo o que prometeu
No prazo de poucos meses
De novo ele enriqueceu
Sua mulher não sabia
Nas orações que fazia
Ela agradecia a Deus

Vinte anos se passaram
O seu prazo terminou
O Barbosa faleceu
Forte temporal formou
Horas que rezava o terço
Que as luzes se apagou
Deu uma grande explosão
Ali só ficou o caixão
E o corpo alguém carregou

O Barbosa já sabia
Deixou uma carta escrita
Confessando pra esposa
A sua triste desdita
Foi o diabo quem me deu
Essa riqueza maldita
Minha sina eu cumprirei
Porque jamais escutei
Suas palavras benditas

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