O céu é um jornal de sonho
Onde um triste pode ler
Todo o passado tristonho
Que não se pode escrever
A Lua é um clichê dourado
Impresso em papel azul
Vi dois pontos, reticências
Era o Cruzeiro do Sul
Quis ler no céu as notícias
Daquelas juras que fiz
De uma vida de carícias
Que você, rindo, não quis
E assim, desejando tê-las
Eu li, chorando de dor
Na manchete das estrelas
A morte do meu amor