Quando o carteiro chegou
E o meu nome gritou
Com um carta na mão,
Ante surpresa tão rude
Nem sei como pude chegar ao portão;
Lendo o envelope bonito
No seu sobrescrito eu reconheci
A mesma caligrafia
Que me disse um dia:
Estou farto de ti.
Porém não tive a coragem
De abrir a mensagem
Porque na incerteza
Eu meditava e dizia:
Será de alegria
Ou será de tristeza?
Quanta verdade tristonha
A mentira risonha
Que uma carta nos traz!
E assim pensando rasguei
Tua carta e queimei
Para não sofrer mais.