O dia passou, a noite chegou, e nada aconteceu
Alguém me chamou, nem sei se eu estou, nem sei quem sou eu
Sem estranheza absorvo a mim mesmo, são só lembranças
Tento encontrar em algum lugar do tempo, o mal que fiz a quem, talvez
Isso não passa, não muda, e se é o meu fim, será o fim de mim
E quando a morte chegar, que chegue em silêncio
Que entre em segredo, chegue sorrateira, sem ninguém perceber
Que chegue sorrindo, me olhe e me abrace, eu sou seu amigo
Que traga consigo uma garrafa de champanhe ou aguardente de cana
Não bebo, mas vamos brindar, a hora é agora
Que venha vestida de branco, num branco brilhante espetacular
Me receba com ternura e me leve as alturas, ao fim impossível
Quero as mãos lhe ofertar, também te abraçar
Não queremos enterro e eu falo por ela
Jogue aos peixes e aos corvos, precisam comer, se fartarão
Da carne imunda que me agasalhou
Na vitrola uma canção do BaKana por que não, por que não?
Os anjos vão bailar e a história está no ar
E na vitrola uma canção do BaKana, por que não, por que não?