Sai da cadeira véio
Sai da cadeira véio
Sai da cadeira véi!
E vai varrer!
Todo dia nessa casa quando chega a manhã
Véi Pedro senta na cadeira, pega o jornal e vai ler
As novidades do dia-a-dia o véi Pedro quer saber
Só não se atreve a pegar numa vassoura pra varrer!
Sai da cadeira véio
Sai da cadeira véio
Sai da cadeira véi!
E vai varrer!
Enquanto isso Sebastiana já rezou pra sua mãe
Botou o avental nos "quarto" e começou a cozinhá
Bucho colado no fogão, café, almoço e jantá
'Inda deixar tudo arrumado pro véi poder cochilá
Sai da cadeira véio
Sai da cadeira véio
Sai da cadeira véi!
E vai varrer!
Então um certo dia, uma grande confusão aconteceu!
Foi no dia que o pai de Sebastiana, o véio Filomeno morreu!
Sebastiana ficou muito triste, coitada
Só fazia chorar
Mas véi Pedro não deixava
Ela tinha era que trabalhar!
Sebastiana desesperou-se, não podia nem se mexer.
Trinta anos só varrendo, e agora, o que fazer?
Mas nesse dia, ela olhou nos olhos de véi Pedro
E só teve apenas uma coisa a dizer:
Sai da cadeira véio
Sai da cadeira véio
Sai da cadeira véi!
E vai varrer!