Ele vai pela sombra
Sem querer ser notado
Mas sempre educado
Ele esquiva, ele finta
Cada madrugada
Entre botas e zikas
Segue a caminhada
Ultimamente eu me esqueci como é sorrir
E sinto que só me perdi nos meus papéis
Eu confesso
Que mais ouvir do que falar
É engolir meu ego a seco no jantar
Vem chegando o tempo de eu me sabotar
Eu me conheço bem, eu me conheço
Ser indomável quando bate o coração
Ser imbatível na arte da solidão
Meu corpo, miragem
Meu peito, coragem
Já
Acordei
Entendi
Quase tudo agora
Ontem eu senti tanto medo
Ontem a solidão que me bateu
E me jogou num instante
Vem chegando o tempo de eu me sabotar
Eu me conheço bem, eu me conheço
Ser indomável quando bate o coração
Ser imbatível na arte da solidão
Meu corpo, miragem
Meu peito, coragem
É só dizer que já
Acordei
Entendi
Quase tudo agora
Será real e absurdo
O tato é a luz do escuro
Se ver de pé, tão exausto
O passo, o frame, o salto
Ser indomável quando bate o coração
Ser imbatível na arte da solidão
Meu corpo, miragem
Meu peito, coragem