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Blusa vermelha

César Medeiros

Quando olho na parede e vejo seu retrato
As lágrimas banham meu rosto
Num pranto sem fim
Sento na cama e fico sozinho no quarto
Vem a saudade bandida e se apossa de mim

Levanto e vou no guarda-roupa e abro as portas
Vejo a blusa vermelha que você deixou
Daí então o desespero rouba a minha calma
Eu saio pra rua e até minha alma
Chora em silêncio ao sentir minha dor

Deus oh! Senhor poderoso! Eu Lhe faço um pedido
Mande um alívio a esse coração que sofre....
Se ela um regressar eu Lhe agradeço
Porém padecer como eu padeço
Prefiro mil vezes que me mande a morte.