Passei na Encruza, e vi um homem sentado
Olhando calado, a luz do luar
Seu rosto triste, o chapéu de lado
Olhos marejados, começou a cantar
Na luz fui Rei, Imperador
Venci batalhas, vivi o amor
Mas me perdi, na escuridão
Cai na treva da ambição
Me fiz Exú, me redimi
Com Omulu, foi que aprendi
Que da renuncia, vem o perdão
Que não há luz, sem que haja escuridão
Eu sou da luz, Eu sou das trevas
Sou guardião, sou filho desta terra
Sou Coroado, pois mereci
E na Umbanda eu sou Seu Tiriri