Ah
Nem as drogas têm o gosto de antes
Eu sou a nova tropicália em fragrâncias
Um baiano com o cheiro arrogante
Caravaggio desenhando com um colar de Gandhy
Eu amo vencer, eu não sou corajoso
Eu só não vou me permitir a perder pro medo
Eu puxo o arco mesmo se isso ferir meu dedo
Um jovem Odé dança e ri banhado de sangue
Como vulcão adormecido
Eles acham que não vão ser destruídos por minha ira
Espera eu ser pai de menina pra ver se desenvolvo empatia pelo mundo
Estou a segundos de explodir essa merda
O homem é seu próprio demônio
Eu ando dormindo sem sonho
Há algumas semanas, aí meu lado ruim desperta
O Jordan protegendo o tendão de Aquiles
Foda-se, ninguém me acerta
Ainda lutamos por um mundo onde seremos livres
Põe o gelo do hematoma no copo do drink
Só se envenena água parada, então se movimente
Enfrente o que tiver na sua frente
Derrotas são passageiras, desistir que é pra sempre
Então foda-se
Coloquei um espelho no final do abismo
Criei o infinito, espero que Deus perdoe o destino
Memórias são feitas por problemas físicos
O perdão é irmão do impossível
O inferno é um copo de cólera, bebemos sem brinde
As paredes não aguentam mais murros
Me soltaram no ringue
Não deixe sua fera interna com fome
A faca que divide o pão também tira a vida da carne
A guerra precisa de arte
Quando eu escrevo, Apollo dança com Ares
Sem ódio, a beleza não existe
Qual o nome da sua Helena de Tróia?
Não confunda o fim com imortalidade
Não seja burro, com o tempo, todos são esquecíveis
Existem coisas que você não vai contar pros seus filhos
Ah, sou cruel igual o dinheiro, Casa Branca pra mim é terreiro
Esses gringos colonos ainda procuram tempero
Dendê não se vende, não desistimos, ainda estamos aqui
Ainda lutamos por um mundo onde seremos livres
Põe o gelo do hematoma no copo do drink
Só se envenena água parada, então se movimente
Enfrente o que tiver na sua frente
Derrotas são passageiras, desistir que é pra sempre
Então foda-se