Um homem de rua na feira de Belém
Cheiro o cheiro verde, almoço de quem não tem
A mão invisível do mercado é de quem pede uns trocados
O corpo invisível ignorado da menina a preço barato
Qual o sentido do cheiro do invisível social?
Qual o peso, ver o peso, de uma marginal?
Mercado que vende tudo não vende justiça social
Procuro uma garrafada pra curar a banalidade do mal
Mercado que vende tudo não vende justiça social
Procuro uma garrafada pra curar a banalidade do mal
E o que você espera do mercado global?
Vende-se tudo no mercado do Pará
Comidas, curas, castanhas, seduções e blá-blá-blá
Os batedores de carteira também estão por lá
Um home grande com o seu pitbull a amedrontar
Tudo é tão desigual, tudo é tão natural
Há quem compre, há quem venda ou se venda, tudo é tão banal
Mercado que vende tudo não vende justiça social
Procuro uma garrafada pra curar a banalidade do mal
Mercado que vende tudo não vende justiça social
Procuro uma garrafada pra curar a banalidade do mal
E o que você espera do mercado global?